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Coordenadores se encontram para trocar experiências sobre educação integral e o projeto de Letramento em Programação

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8 set 2020
Instituto Ayrton Senna Instituto Ayrton Senna

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Ricardo Paes de Barros, economista-chefe do Instituto Ayrton Senna, costuma dizer que, apesar do lento avanço da educação brasileira, o país tem muitas iniciativas educacionais em que se inspirar.

Ricardo Paes de Barros, economista-chefe do Instituto Ayrton Senna, costuma dizer que, apesar do lento avanço da educação brasileira, o país tem muitas iniciativas educacionais em que se inspirar. Para ele, o “Brasil precisa aprender com o Brasil”. A partir desta ideia, cerca de 20 lideranças dos territórios parceiros do Instituto na iniciativa de Letramento em Programação, se reuniram dos dias 1 a 4 de julho em Caruaru (PE) para uma semana de trocas de experiências e conversas inspiradoras sobre os caminhos do projeto. “O Letramento em Programação é um projeto colaborativo desde a sua essência, primando pela co-construção ao mesmo tempo que oferece autonomia aos parceiros. Estes encontros colaborativos trazem um rico sentimento de pertencimento”, afirma Simone Menella, especialista em Formação do Instituto Ayrton Senna.

Letramento em Programação, iniciativa do Instituto Ayrton Senna que apresenta a estudantes do Ensino Fundamental conceitos e práticas do pensamento computacional, nasceu em 2015 e atualmente já chega a seis estados: Amazonas, Pernambuco, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Piauí. O projeto está em atividade em quase 20 municípios participantes, envolvendo mais de 7000 estudantes.

Ao longo do encontro, educadores de todos estes territórios participaram de discussões sobre como o Letramento pode contribuir com o desenvolvimento pleno das crianças e jovens envolvidas por meio de estratégias como educação por projetos, metodologias ativas e formação de professores. “O fio condutor da formação trouxe tanto momentos mais conceituais como momentos que chamaram os participantes a colocar a mão na massa”, diz Simone. “Creio que os temas propostos foram ao encontro do que todos ansiavam e em muitos momentos os participantes tiveram voz.” Os coordenadores também trocaram ideias sobre as especificidades do estudante que participa do Letramento e como a iniciativa se relaciona com a sua identidade, sonhos e desejos.

O sentimento de pertencimento também foi ressaltado por Andreia Almeida, coordenadora institucional do Letramento em Programação na Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu. “Todos formam uma equipe única, que torce pelo sucesso do programa como um todo e fica feliz pelas vitórias de cada município. E isso é raro de se encontrar! ”, conta. Um dos mais recentes parceiros do Letramento em Programação, o município de Manhuaçu, em Minas Gerais, já envolve cerca de 220 estudantes no projeto. “Saber que alguns dos desafios que temos encontrado também foram enfrentados em outros municípios nos permite melhor os caminhos a percorrer para a superação desses problemas”, conta Andreia.

Teresina, capital do Piauí, parceiro mais recente do Letramento em Programação, também marcou presença. Luciene Sousa, coordenadora do núcleo de tecnologia no município e também responsável pelo Letramento, representou seus conterrâneos e levou de volta para casa inspirações que darão frutos em sua rede de ensino. “Durante as formações, várias práticas nos inspiraram, e nós já trouxemos de volta várias delas, como a formação dos nossos professores e a oferta de oficinas para os nossos alunos”, conta. Sobre estar começando a desenvolver o projeto, Luciene diz que observar as experiências de municípios que avançaram com o Letramento nos últimos anos também serve de inspiração. “É importante saber das experiências de cada território pois nós conseguimos ter uma visão de como cada um deles iniciou; isso nos enriquece e nos ajuda no nosso começo, já que podemos evitar cometer erros e podemos nos inspirar nas boas práticas”, diz.

O anfitrião, o município Pernambucano de Caruaru, foi o que mais avançou em número de alunos envolvidos no projeto no ano passado: o número já chega a cerca de 3 mil estudantes. Michele Lima, coordenadora do projeto em Caruaru por meio da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), afirma porque receber o encontro de coordenadores foi engrandecedor para a rede de ensino do município. “A cada encontro que temos com os representantes de cada território temos uma troca de experiência riquíssima e um enorme aprendizado.  Esta troca faz com que tenhamos diferentes formas de abordar problemas semelhantes, ver projetos que podem ser complementares e firmar novas parcerias”, relata.

Inspirados com o desenvolvimento observado nos estudantes, os coordenadores também fizeram um balanço sobre a nova relação das crianças e jovens com a escola. “É perceptível o quanto o programa resgatou sonhos de crianças e adolescentes que se achavam incapazes de alcançarem sucesso em algo tão inovador e atual”, afirmou a coordenadora Michele. Andreia, por sua vez, diz que, algumas vezes, os estudantes têm a primeira oportunidade de interagirem com um computador por meio das atividades do Letramento, sendo este um momento de muita descoberta. “O projeto tem despertado maior interesse das crianças na escola, o que pode ser comprovado pelo número de faltas que diminuiu e pela participação maior dessas crianças em sala de aula”.

Instituto Ayrton Senna
Instituto Ayrton Senna Organização sem fins lucrativos comprometida com a educação

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